sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Premiação (Educação Fiscal)

A premiação dos alunos das escolas estaduais que participaram do Concurso de Redação 2010 da Educação Fiscal, foi um dos destaques, na tarde desta quinta-feira, 25, durante o IV Seminário de Educação Fiscal da Região Norte da Receita Federal, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.


Com o tema “O voto é instrumento de mudança social”, o concurso aconteceu nos meses de agosto a outubro deste ano, com a participação dos alunos de todas as escolas do Pará, do ensino fundamental e médio, que fazem parte do programa “Educação Fiscal”.

Os trabalhos foram divididos em duas categorias: Redação I, para alunos da 7° a 9° série do ensino fundamental e Categoria II, para alunos do ensino médio. Das 20 escolas participantes, quatro redações foram selecionadas.

Ademir Anderson Silva e Silva, da escola Guilherme Gabriel, de Paragominas e Kleberson Dias Rodrigues, da escola Avertano Rocha, receberam, cada, um notebook, como reconhecimento por terem ficado em primeiro lugar no concurso de redação. “Este concurso foi muito importante para mim. Na verdade foi uma forma de me expressa e mostrar para a sociedade como o voto é instrumento de mudança social”, disse Ademir emocionado.

Erilene Assis de Almeida, da escola Jaderlândia e Thameire Mendes receberam um Playstation, pela conquista do segundo lugar. Os professores orientadores também foram premiados, entre eles estão: Eliana de Nazaré, Cláudia do Socorro e Marluzia Fernandes.

Ações - “Despertar a consciência, os direitos, deveres e participar ativamente da sociedade”. Foi com estas palavras que a servidora da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e coordenadora do grupo estadual da educação fiscal, Zilda Benjamin, definiu umas das principais ações do IV Seminário de Educação Fiscal da Região Norte.

O programa de educação fiscal, já atende mais de 500 escolas no estado do Pará. Os professores são capacitados por meio de cursos de formação fiscal, na Escola Fazendária, em Belém, onde participam de um curso por mês. Segundo a coordenadora de educação fiscal da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Socorro Montalvão, “os professores são disseminadores deste conhecimento”.

Ainda de acordo com Socorro, os professores ministram estes conteúdos em sala de aula, como temas transversais, ou seja, não são obrigatórios no conteúdo programático, mas são trabalhados em classe. “Com esta experiência, os alunos ficarão mais esclarecidos sobre a questão fiscal, por exemplo, tudo que temos na escola, não é do governo e sim nosso, pois somos nós quem pagamos os impostos. O governo apenas administra o dinheiro, gerado através do pagamento de impostos. Assim o aluno aprende a valorizar o bem público”, destacou.

Representantes da Sefa, Sedurb e outros órgãos também receberam homenagens por serem disseminadores do programa educação fiscal. Representando a Seduc, Socorro Montalvão entregou o pin do programa à Edineide Paz.


Texto: Murilo Moura

Fotos: Fábio Costa

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Gentileza gera gentileza" na escola Brigadeiro Fontenelle

“A gentileza é o lado mais áspero da lixa. As grandes oportunidades de nossa vida são geradas por uma coisa sem despesa: A gentileza”. Foi com frases como esta, que alunos, pais e professores foram recebidos no lançamento do Projeto ”Gentileza gera gentileza”, desenvolvido pela comunidade da escola Brigadeiro Fontenelle, no bairro da Terra Firme. A programação do projeto se estendeu por todo o dia, nesta terça-feira, 26, e contou com a participação de toda comunidade escolar.

A iniciativa de realizar este projeto inédito no Norte do país, partiu de um grupo de professores da escola, que perceberam a necessidade de dar atenção a alguns problemas de convívio entre os alunos. O grupo se inspirou nos conceitos de José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza, que foi o mentor do projeto no Rio de Janeiro.

O projeto consiste em conscientizar os alunos a praticar ações de boas maneiras, trabalhar temáticas de educação e gentileza, tolerância, amor e companheirismo dentro do ambiente escolar. José Datrino em seu projeto distribuía flores para as pessoas nas ruas, assim foi feito, ontem dentro da escola Brigadeiro Fontenelle, onde todos os convidados foram recebidos com uma flor pelos professores e alunos.

Segundo a diretora da escola, Odilene Santos, todos os 2.572 alunos estavam envolvidos na iniciativa, sendo que desse total, 38 são da educação especial. “Nossa programação ultrapassou todas as expectativas”, afirmou Odilene. A programação de lançamento envolveu mostras de vídeos, leituras, apresentações como danças e peças teatrais.

Ela destacou, ainda, a importância da repercussão positiva que teve o projeto. “Ano passado nossa escola vivia na mídia, mas pelo lado negativo, como violência, falta de infra-estrutura. Hoje, a realidade é outra, inclusive, estamos inaugurando o novo sistema de água para os alunos e isso é uma grande conquista”, revelou.

Ana Cristina, 14 anos, é aluna da 6° série do ensino fundamental e se diz satisfeita com o projeto. “Aprendi o tanto que a violência não é boa no ambiente escolar. Com este projeto, que já vinha sido discutido antes deste evento, já podemos perceber uma diferença, não existe mais violência aqui dentro. Hoje eu apresentei uma dança que mostra o ato de José Datrino de entregar flores para as pessoas, e só assim, descobrimos como gentileza gera gentileza”, destacou.


A partir do lançamento do projeto, toda semana, os temas referente a gentileza, serão trabalhados no espaço recreativo da escola, onde cada professor vai dedicar um pouco do seu tempo para realizar atividades entre os alunos, que estimulem as práticas de boas maneiras, objetivando a reeducação e diminuição os conflitos no ambiente escolar.


Texto: Murilo Moura

Fotos: Adauto Rodrigues

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A ESCOLA QUE A IMPRENSA NÃO VÊ!

O que a escola pública está produzindo intramuros, além das manchetes negativas que parte da mídia insiste em publicar de olho no sensacionalismo?
A Secretaria de Educação do Pará se viu “obrigada” a promover uma mostra de
talentos para que o lado A das escolas também tivesse visibilidade na grande
mídia. Para além disso, que a sociedade conhecesse de perto esta escola que
cria, produz e emana sentimentos expressos por meio da arte, do esporte e do
lazer. Foi assim durante os dois dias, 20 e 21, no Hangar-Centro de
Convenções da Amazônia, invadido por milhares de alunos, que não se
intimidaram ao subir nos dois palcos armados do espaço da feira para mostrar
a beleza de centenas de projetos culturais e esportivos que até aqui, só
eram conhecidos em suas comunidades.

A sensibilidade de cada gesto, cada passo de dança, cada toque de
instrumento, ensaiados de forma incansável revelou aos que compareceram ao
evento, mais que uma simples mostra de talentos. Revelou uma escola pública
extremamente criativa, mas sem espaço, escondida entre seus muros. O eco
dessa nova escola - onde aprender significa também ter oportunidade para
dançar, cantar, correr e ser feliz- deixou um gosto de “quero mais” dentre
aqueles que contribuíram de alguma forma para o evento acontecesse.

O objetivo era mostrar os talentos que estão construindo essa nova escola
pública, que estão levando o nome do Pará para outras paragens; que estão
tomando para si, o papel de reconstrução da imagem dessa escola, seja por
meio de premiação pontual, seja por meio da conquista local ou do
reconhecimento nacional. E tudo isso só foi possível, porque sabemos que o
sonho ainda não acabou. Que ainda existem pessoas que se emocionam e
valorizam o espaço escolar, como o lugar dos que pensam, sentem e se
desenvolvem na perspectiva de um mundo melhor. E que semeadores de bondade
ainda são uma realidade neste mundo de céticos e incrédulos.

O professor Luis Cavalcante tem sido um desses semeadores e, por sua imensa
sensibilidade tem permitido que as escolas possam fluir de forma espontânea
e natural; que possam produzir com criatividade e mostrar com toda a
dignidade o que têm feito em seus quadrados. Parabéns professor Cavalcante!

Essa ação tem a sua cara!

Parabéns gestores, professores e alunos que estão construindo essa nova
escola pública, a despeito da mídia que insiste em não enxergar.

Por Tereza Vasconcelos

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mostra de talentos da escola pública reune milhares de estudantes

“É como uma grande confraternização” estas foram as palavras da jovem Kelly Oliveira, estudante da 8° série da escola Domingos Acatauassú Nunes, ao se referir a Mostra de escola pública de talentos, que na tarde do primeiro dia do evento atraiu milhares de estudantes das escolas públicas de Belém e do interior do estado, nesta quarta feira, 20, no Hangar centro de convenções da Amazônia.


Um dos destaques da mostra foi o estande do Núcleo de Esporte e Lazer(NEL), que apresentou importantes projetos para o desenvolvimento do esporte paraense. Josiléia Maués, representante do “Programa de redução piscomotora” mostrou uma importante ferramenta que pode auxiliar na saúde e preparo dos futuros atletas. O projeto consiste em um aparelho, chamado pico de fluxo, onde o aluno sopra para medir a capacidade da respiração, sendo que existe uma tabela que avalia o resultado do sopro relacionado com peso e altura do aluno. Dependendo do resultado este jovem pode ser encaminhado a tratamentos auxiliares de problemas que possivelmente possam ser identificados com a ajuda deste aparelho, como Asma, problemas de colunas entre outras necessidades. Segundo a representante este procedimento deve ser aplicado antes e depois de atividades físicas “fazemos este procedimento antes e depois das atividades para acompanhar a evolução do jovem e para identificar previamente algum problema” disse.

Também no estande estava sendo mostrado o programa poliesportivo, que segundo a coordenadora, Telma Bezerra, envolve toda a comunidade “este projeto visa reunir a comunidade que mora nas proximidades de clubes parceiros do NEL, que não tem condições de freqüentá-los e nem de praticar atividades esportivas, e oferecer serviços de modalidades esportivas” disse. Ela cita o clube Casota como exemplo deste projeto, onde a comunidade que mora ao redor do clube pode se inscrever para participar diversas modalidades esportivas como Musculação, natação, futebol entre outros.

Telma também destacou o projeto das paraolimpíadas escolares, que reúne alunos das escolas públicas do Pará, que são destaques no cenário nacional. De acordo com a coordenadora o projeto já acumula 18 medalhas de ouro, 21 de prata e 18 de bronze “de todos os estados da região norte e nordeste o Pará foi o melhor colocado com estes resultados” Constatou Telma.

Uma novidade que Telma faz questão de enfatizar é a modalidade de Goalball, que é uma modalidade exclusiva para deficientes visuais, que hoje vem sendo representada por três alunos da escola Álvares de Azevedo. Nesta nova modalidade as grandes revelações foram os alunos Jéssica e Leandro, na categoria masculina nacional. Em neste ano a equipe paraense venceu a de Minas Gerais, perdendo apenas para Brasília, que tem dois atletas da seleção brasileira de goalball “o Pará vem ganhando destaque e vem tendo uma ascensão muito grande no cenário esportivo” completou.

O professor Michel Peter, destacou o projeto de inclusão do Xadrez nas escolas, onde a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) em parceria com o Ministério dos Esportes e da Educação iniciaram em 2004 esta inclusão nas escolas, que vem tomando força a cada ano. O objetivo deste projeto é democratizar o acesso dos alunos da escola pública ao xadrez. Michel que este projeto já vem sendo aplicado a muito tempo nas escolas de países desenvolvidos e vem dando certo “ Na França este projeto foi incluído a mais de 40 anos levando desenvolvimento para sala de aula” informou.

Michel fez referencia a única escola do estado do Pará, que possui uma sala especial para a prática de xadrez, que é a escola Souza Franco “estas medicas só vão melhorar a qualidade do aluno e é isso que eu pretendo” completou.

No estande da USE 9, estava a escola Santo Agostinho, que trouxe obras de arte produzidas na escola a partir do projeto escola de portas abertas. Segundo Celiane Dias, técnica pedagógica “A escola abre aos sábados para receber a comunidade, que podem fazer cursos de arte, pintura entre outros” disse. Para a mostra foram disponibilizadas as obras feitas pela comunidade que consiste em quadros e esculturas feitas a partir de pedaços de vidros e azulejos “com esta medida, estamos incentivando a reciclagem de materiais que seriam jogados na natureza” revelou Celiane.

Culminante aos projetos que se apresentavam no salão principal do Hangar, na sala 7 do mezanino acontecia uma mostra de cinema, onde foi apresentado um documentário sobre o Carimbó como patrimônio cultural brasileiro. O projeto é uma iniciativa da SEDUC em parceria com a Inovacine, que é um cineclube e a Paracine, que é a Federação Paraense de cineclubista, criada em junho deste ano. Os vídeos apresentados, além do Carimbó são sempre com enfoques regionais. Sempre que os vídeos são finalizados, abre-se espaço para discussões a respeito do contexto apresentado no filme. Isaac é um dos coordenadores da campanha que torna o Carimbó patrimônio cultural. Após a exibição ele exaltou as diferentes formas do ritmo no Pará “ o carimbo de Belém é diferente do carimbo da região do Salgado, de Bragança e do Marajó. Cada região tem suas particularidades, letras e costumes” revelou.

Para a exibição uma platéia animada participava entusiasmadamente, se tratavam de cerca de 16 alunos da educação especial da escola Yolanda Martins. Segundo professora Elza Medeiros “o que mais anima os alunos é o ritmo, a música é muito bom para eles, que sempre mostraram interesse. Nada melhor como trabalhar a musica paraense para acrescentar no projeto pedagógico destes alunos” disse.

Curiosa, a aluna Kelly Oliveira da escola Domingos Acatauassú Nunes, se mostrou satisfeita com a iniciativa “estou aqui desde as 14h00 e estou adorando. Assim é possível conhecermos outros projetos desenvolvidos nas demais escolas e não ficar limitada a nossa escola apenas. Isso é bom para todos os alunos fazendo com que eles se interesse ainda mais pelos estudos e pela cultura. Eu particularmente gostei mais das apresentações de carimbo e de violonistas. Para mim está sendo como uma grande confraternização”



Murilo Moura

ASCOM/SEDUC

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Só vendo ZUENIR VENTURA

Artigo de Zuenir Ventura publicado no jornal O Globo de 08/08/2010

Acostumados com o clichê preconceituoso que acredita não haver vida inteligente fora do eixo Rio-São Paulo, nos surpreendemos quando encontramos alguma atividade cultural em cidades do chamado "interior" — o "centro" somos nós, claro. Por exemplo: onde é possível reunir cerca de 650 mil pessoas, um terço dos moradores, para tratar de um assunto meio fora de moda, a leitura? Pois acabo de ver o fenômeno em Belém, na XIV Feira Pan-Amazônica do Livro, um dos três principais eventos do gênero no Brasil, este ano dedicada à África de fala portuguesa. Houve shows com Gilberto Gil, Lenine, Emílio Santiago, Luiza Possi, mas o destaque foram os R$30 milhões faturados com a venda de 500 mil volumes, superando, segundo os organizadores, a Bienal do Rio.
Há cidades brasileiras que só vendo. A capital do Pará é uma delas. Além de ser uma das mais hospitaleiras do país, gosta de seu passado e é hoje um exemplo de como revitalizá-lo. Já escrevi e repito que a intervenção que o arquiteto Paulo Chaves fez no cais da cidade, transformando armazéns e galpões na monumental Estação das Docas, é uma obra que não deve nada à que foi realizada em Barcelona ou Nova York (o prefeito Eduardo Paes devia ir lá ver). Outro genial exemplo de reaproveitamento é o centro onde se realiza a Feira, o Hangar, um gigantesco espaço que antes, como diz o nome, servia de estacionamento para aviões.
E não fica nisso. Há roteiros culturais como o do núcleo Feliz Lusitânia e seu Museu de Arte Sacra, onde se encontram uma Pietá toda em madeira, o São Sebastião de cabelos ondulados e a famosa N. S. do Leite, com o seio esquerdo à mostra dando de mamar. Sem falar nos museus do Encontro e de Gemas do Pará, e numa ida a Icoaraci para ver as cerâmicas marajoara, tapajônica e rupestre.
Para quem gosta de experiências antropológicas, recomenda-se — além dos 48 sabores regionais, a maioria, do sorvete Cairu — uma manhã no mercado Ver-o-Peso, onde me delicio nas barracas de banhos de cheiro lendo os rótulos: "Pega não me larga", "Amansa corno", "Afasta espírito", "Chora nos meus pés". Com destaque para o patchuli, que a vendedora me diz ser o odor de Belém. Mas antes deve-se passar pela área dos peixes: douradas, sardas, tucunarés, enchovas, piranhas, tará-açus. "Esse aqui é o piramutaba", vai me mostrando o nosso guia, o cronista Denis Cavalcanti; "aquele é o mapará, olha o tamanho desse filhote".
Desta vez, o ponto alto da visita foi uma respeitável velhinha fazendo o comercial do Viagra Amazônico para mim e o Luis Fernando Verissimo: "O sr. dá três sem tirar, e depois ainda toca uma punhetinha". Isso com a cara mais séria do mundo, sem qualquer malícia, como se estivesse receitando um remédio pra dor de cabeça. Só vendo.
 
Publicado no Globo de 08/09/2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PROJETOS INCENTIVAM ALUNOS A CRIAR NOVAS MÍDIAS

Por Murilo Moura
Fotos: Murilo Moura

Buscar contribuir para a formação integral do futuro cidadão, com a elaboração de novos conhecimentos utilizando práticas da televisão e do rádio. Essas são as ações que o projeto “Aluno repórter - a imprensa na escola”, da 1ª Unidade Regional de Educação (URE) apresentaram nesta quinta feira, 02, no estande da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) na Feira Pan Amazônica do Livro.

Segundo os professores responsáveis pelo projeto, Aylton José e Carlos Roberto Amorim, a iniciativa tem como objetivos principais promover e estimular a produção textual do aluno; despertar o interesse pela pesquisa, aumentar o interesse pela leitura e contribuir para a inclusão digital. 

Um dos critérios para participar é estar devidamente matriculado na rede estadual de ensino, em uma da escolas da 1ª URE. A partir de uma seleção são escolhidos cinco alunos de cada escola para compor o projeto, que hoje conta com 152 alunos de 35 escolas da Região. Aprovados, os alunos participam de várias oficinas de aprendizagem envolvendo prática e teoria sobre TV; oratória; falar em público; reportagem; pauta; leitura e produção de texto, entre outros. A cada dois meses, a direção da escola faz um acompanhamento pedagógico para avaliar o rendimento escolar do aluno.

O projeto tem uma parceria com a fundação educadora de comunicação, que também é repetidora da Fundação Nazaré em Bragança, onde os programas produzidos pelos alunos são exibidos, na TV quanto no rádio. Com o trabalho será possível promover os alunos na busca de novos conhecimentos essenciais a formação intelectual, além de prestar um serviço á sociedade.

O professor Roberto Amorim também é radialista na cidade de Bragança e destaca a importância de integração Escola-TV-Rádio. “Nos tivemos a idéia de unir a rádio com a sala de aula para contribuir com o aprendizado, incentivando o aluno a uma carreira profissional”, disse. 


Nayana entrevistando o professor Rosinaldo Pinheiro
Nayana Sousa, de 15 anos e estudante do 1° ano do ensino médio, é uma das repórteres do projeto e revela o prazer de exercer a atividade. “Estou participando do projeto desde o início deste ano e me identifiquei bastante, pois sempre quis fazer parte deste projeto. O jornalismo é uma área que me atrai muito, e com esta oportunidade, eu descobri que não é algo para ser usado somente dentro da escola, mas sim para toda a minha vida” constatou.

Toda a programação do projeto “Aluno Repórter, pode ser conferida no site www.alunoreporter.com.br

Turma do Açaí 
Alunos da escola Helena Guilhon
Ao mesmo tempo em que os alunos de Bragança exerciam o jornalismo no estande da Seduc, um grupo de alunos da escola Helena Guilhon participavam do projeto “Turma do Açaí”, desenvolvendo atividades educacionais.

A Turma do Açaí são personagens amazônicos criados pelo designer gráfico Rosinaldo Pinheiro para abordar temas educacionais, em uma revista eletrônica, que pode ser visualizada no site da Seduc. De acordo com Rosinaldo, o secretário de estado de educação, professor Luís Cavalcante, montou uma equipe para produzir os projetos educacionais a serem abordados pela Turma do Açaí. 

 Durante a Feira, com base neste projeto, os alunos da escola Helena Guilhon produzem personagens, de “massinha” e em seguida realizam o processo denominado de stop-motion, que é quando captam as imagens, em um computador, através de uma câmera, com movimentos em seqüência, e posteriormente, com o auxílio de um software, salvam como vídeo, criando uma espécie de animação.

“Através deste projeto buscamos incentivar a criação de mídias e afins pelos alunos e estimular a criatividade, além a inclusão digital”, destacou Rosinaldo. O projeto funciona na escola Helena Guilhon, e como lá não se utiliza somente os personagens da Turma do Açaí, o projeto é conhecido como TV Sem Rasura, por meio do qual os alunos criam diversos personagens, mas sempre com a mesma temática.

O jovem Aristhano Ramos, de 13 anos, cursa a 7° série e destaca a importância do projeto. “Estou achando muito boa esta iniciativa, pois assim, aprendo muita coisa a ser utilizada para o resto da minha vida. Eu ainda pretendo me aprofundar nesta área de criação”, afirmou.

Para conhecer um pouco mais sobre a turma do açaí, acesse o porta da SEDUC www.seduc.pa.gov.br

Texto: Murilo Moura

CAMPEONATO PARAENSE DE BOXE

Por Murilo Moura

A cada ano o estado do Pará vem ganhando destaque no cenário do Boxe. A representatividade dos atletas está cada vez mais expressiva. Este ano acontece na Academia Ulysses Pereira, na Avenida Doca de Souza Franco, em Belém, o campeonato paraense de boxe.
Nos próximo dia 11 acontece na Ulysses a fase classificatória para o campeonato, cerca  de 120 atletas estão sendo aguardado para esta fase, sendo 40 atletas para a categoria cadete, 10 na categoria feminino e 70 no adulto. Já no dia 12 acontece as quartas de final, para selecionar quem passa para as fases semifinal e final, que acontecem nos dias 18 e 19 de setembro, respectivamente. O horário das lutas será sempre pela manha e a tarde.
O último campeonato deste porte, realizado em Belém foi no ano de 2008, tendo a academia Ulysses Pereira como campeã. No cenário local há três destaques na modalidade. O lutador Mike Carvalho, já foi campeão mundial este ano, no campeonato que aconteceu na Turquia, além deste título ele já teve participação em duas olimpíadas.
Isaac Rodrigues vai disputar o campeonato americano de boxe profissional, que acontece este mês, nos EUA. John Anderson, conhecido na roda de boxe como “Renatinho” da academia Zezé do boxe, vai defender o cinturão latino americano, no dia 22 de Setembro, no Mormaço, na Cidade Velha em Belém.

Murilo Moura

Abertura do JEPS

Por Murilo Moura

Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 01, a abertura oficial dos Jogos estudantis paraense. Cerca de seis mil alunos de escolas estaduais, da região metropolitana participaram do evento, que acontece no Núcleo de Esporte e Lazer do Estado (NEL), em Belém.
Um dos objetivos do evento é também abrir as comemorações da semana da pátria. A programação dos jogos segue até o final do mês de outubro em todas as escolas da RMB.
O secretário de Esporte e Lazer do Estado do Pará, Leandro Schilipake, se fez presente, no evento mostrando o apoio da secretaria com o desenvolvimento do esporte no Pará, valorizando a socialização dos jovens através do esporte.
Murilo Moura 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Atletas paraenses disputam campeonato brasileiro adulto de Taekwondo

Por Murilo Moura

No próximo dia 5 de Setembro, acontece, em Aracaju, o campeonato brasileiro adulto de Taekwondo. Estão previtos para participar da competição cinco atletas faixa preta do estado do Pará. A competição é também uma das fases para selecionar competidores para a formação da equipe olímpica do Brasil. No atual cenário, destaca-se o jovem Yudi Dias, que ficou em terceiro lugar no campeonato brasileiro juvenil, que aconteceu no mês de julho deste ano, em Uberlândia, Minas Gerais.

Murilo Moura

Pará sedia 1° regional norte de xadrez

Por Murilo Moura

Pela primeira vez, a Federação Paraense de Xadrez do Pará, trouxe para o estado um campeonato deste tipo. A competição acontece nos dias 28 e 29 deste mês, no colégio Logos, na Rodovia Mário covas em Ananindeua e está aberto a todos os estudantes do ensino médio e fundamental das escolas públicas e particulares.

As inscrições para participar da competição vão até o dia 27, sendo que três dias antes está sendo dado descontos e promoções para grupos. Os valores para alunos do ensino fundamental de escolas públicas custam R$ 5. Para alunos do ensino médio custam R$ 10.

Segundo a federação atualmente dois jogadores se destacam no cenário regional. Na categoria juvenil, Yuri Lobo é o campeão paraense de Xadrez de 2008 e 2009. Na categoria absoluto Rodrigo Chávez é considerado um dos 100 melhores jogadores do Brasil, na categoria.

Os alunos que estiverem interessados em se inscrever para participar da competição e saber mais sobre o campeonato devem manter contato através do email: inscricoes@xadrezdonorte.com.br


Murilo Moura

Belém sedia campeonato brasileiro de nado sincronizado

Por Murilo Moura

Após três anos sem receber o campeonato brasileiro de nado sincronizado, mais conhecido como o brasileirão,  a capital paraense volta a sediar o evento, que acontece de 26 a 29 de agosto deste ano, sempre pela parte da manhã e da tarde. A competição vai acontecer no clube Remo, na piscina curta de 25 metros.

Ano passado o campeonato aconteceu no mês de setembro, no clube náutico atlético cearense, na cidade de Fortaleza e teve como campeã a equipe do SESI-SP, que conquistou o título de campeão geral do brasileirão.

O campeonato também contará com competidoras de peso, recém chegadas de Cingapura, onde participaram dos jogos da juventude. A equipe do flamengo promete conquistas. A equipe também foi destaque no campeonato sul americano, ficando em primeiro lugar no ano passado!

Este ano é a quarta vez que a competição vem para Belém. Há três anos uma competição desta dimensão, envolvendo esta modalidade, não acontecia na capital paraense. Segundo a presidente da Federação Paraense de Desportos Aquáticos, Helen Cristina Castro, a distância foi o maior desafio para conseguir trazer a competição “eu considero como uma grande conquista ter conseguido trazer o campeonato para o norte, pois o maior problema apontado é a distância” disse.

Dois grandes destaques podem ser dados este ano para a competição, conhecida como brasileirão pois envolve todas as categorias, o primeiro é o número de participantes, que este ano somam 130 atletas e 14 clubes provenientes dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Paraíba e Pará.
O segundo destaque são as jovens paraenses que este ano vão disputar no campeonato; As gêmeas Natália e Natasha, atletas do Remo e vice-campeãs brasileiras de nado sincronizado, além de Isabela Ferreira, que foi campeã brasileira em 2008.

Murilo Moura

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Trabalhos desenvolvidos nas escolas são destaque na Feicipa

Beneficiar centenas de famílias que vivem da pesca e de quebra valorizar a preservação do camarão no município de Abaetetuba. Este é o Projeto “Matapí Ecológico”, elaborado pela estudante Regiane Araújo da escola Cristo Trabalhador, que está sendo um dos destaques, entre os 120 trabalhos de escolas estaduais, apresentados na III Feira de Ciência e Tecnologia do Pará (Feicipa), que acontece até hoje, 20, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

Este trabalho inédito é fruto da sensibilidade do povo que vive da pesca na região das ilhas no município. O projeto consiste na captação e comercialização sustentável do camarão, no rio Tauerá do Beja. Regiane mostra com orgulho o trabalho que certamente mudará o modo de vida das pessoas que tiram o sustento da pesca, como a sua família. Ao contrário do matapi comum, que captura todos os tamanhos de camarão, o “Matapí Ecológico” tem um espaçamento de 0,7cm entre as hastes, possibilitando a captura somente dos mais “graúdos”.

Após 28 dias de pesquisas e experimentos com este novo artefato, Regiane e sua equipe constataram que o novo modelo dá mais lucro, pois proporciona a captura de camarões maiores, alem de permitir que os moluscos menores permaneçam no meio ambiente atá atingirem o tamanho ideal para pesca. Regiane falou orgulhosa do projeto e de sua experiência de vida “eu vivo na região das ilhas e meu pai comercializa camarões, a partir de então eu comecei a ver a realidade e o impacto que era causado a natureza. Se todos os tamanhos de camarões são capturados como eles poderiam terminar o ciclo da vida? Este projeto é uma forma simples de preservá-los, porém muito eficiente”, exaltou.

Outro trabalho de destaque é o que vem sendo desenvolvido na Escola estadual Palmira Gabriel. Os alunos e professores levaram para a exposição o próprio laboratório multidisciplinar e mostraram aos visitantes experiências no ramo da biologia. O objetivo é durante o evento mostrar as práticas do projeto “Experimentação”, criado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com a Universidade Federal do Pará (Ufpa).

Segundo o coordenador do laboratório, Alex Corrêa, o intuito do projeto é tornar este espaço funcional nas escolas, para que os alunos possam praticar o aprendizado. “Temos muitos trabalhos de iniciação científica que incentiva o aluno a se alfabetizar, cientificamente falando. O foco central é usar a ciência como instrumento de produção deste conhecimento”, destacou.

Já a Escola Estadual Oliveira Brito, localizada no município de Capanema, veio com o tema: “Reciclagem de sólidos e arte”, apresentando um trabalho que mostra como é possível reciclar madeiras sem ter gastos e ainda obter lucros. O foco é a reutilização da madeira, que é descartada por oficinas de móveis e madeireiras, que muitas vezes são queimadas causando ainda mais danos ao meio ambiente.

Segundo a estudante Renata Cristina, do segundo ano do ensino médio, que desenvolve o trabalho artístico com os pedaços de madeira, o material coletado é levado para a oficina da escola e lá, são transformados em  gravuras de artistas famosos e esculturas. “Com este material visamos melhorar a questão educativa e sustentável, pois o custo é muito baixo, se gasta muito pouco, não precisa de capital, somente vontade e criatividade”, destacou.

Texto: Murilo Moura
Fotos: Adauto Rodrigues

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Equipe paraense vence Copa Norte-Nordeste de voleibol paraolímpico

Por: Murilo Moura


               No último final de semana aconteceu, no abacatão, em Ananindeua, a II etapa da copa Norte-Nordeste de voleibol paraolímpico. A primeira rodada aconteceu no sábado, e a segunda rodada, no domingo. Ao todo duas delegações do Nordeste e duas do Pará disputaram a primeira colocação do campeonato.

A iniciativa e proveniente de uma parceria entre o professor de Ed. Física, Renato Oliveira e o CINPED (Centro de Inclusão da Pessoa com Deficiência), no que resultou no  projeto “Ídolos sentados” que tem o apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL). Um dos principais objetivos do projeto é promover a inclusão social através do esporte. Segundo o coordenador, Renato Oliveira, o projeto já se destacou pela atuação e as equipes ganharam o titulo de primeira e única do norte do Brasil com reconhecimento nacional.

Proveniente da região nordeste estiveram presentes as delegações de Recife, Representada pela APFA(Associação Pernambucana de Futebol para Amputados), o grupo começou desenvolvendo o futebol, mas hoje em dia já atua no voleibol. A capital Alagoana, Maceió foi representada pela AADFAL(Associação Atlética dos Deficientes Físicos de Alagoas).

Já o time paraense foi representado por duas associações, a AADFEPA(Associação Atlética  dos Deficientes Físicos do Estado do Pará) e a ADFA( Associação dos Deficientes físicos do Pará).

Em abril deste ano, a primeira etapa da Copa Norte-Nordeste de voleibol paraolímpico aconteceu na capital pernambucana, sendo que a equipe paraense levou o título de campeão vencendo o time de casa por 3 a 2 Rogério Nogueira, 42 anos, joga na equipe da AADFEPA há dois anos e se sente realizado ao lembrar-se das conquistas junto a equipe, principalmente a do inicio do ano “ eu gosto de fazer parte desta equipe pois eu gosto de praticar o esporte e com isso posso representar o nosso estado lá fora. Ano passado fomos vice campeão da 2° divisão e este ao fomos campeão norte-nordeste da 1° etapa” exalta.

Antes de a partida começar, as equipes se aqueceram com bastante entusiasmo e descontração. As 10h30 o Coordenador anuncia a execução do hino nacional e logo após é dada aberta a II etapa. Conforme sorteio as primeiras equipes a jogar foram a AADFAL, de Maceió contra a ADFPA, em seguida foi a APFA, de Recife contra AADFEPA.

Renato destacou a importância deste projeto ao falar das conquistas ”é muito importante esta iniciativa, pois assim osso estado ganha destaque positivo, e é claro oportunizamos a inclusão a estes atletas que tem tudo pela frente” disse.

Durante a primeira partida, a equipe que representava o Pará, ADFPA, se mostrou com muita agilidade diante da equipe de Alagoas. Ao final da partida com um placar de 3 a 0, o Pará ocupa a 3° colocação no campeonato.

Na segunda partida já com o Pará jogando contra o time de Pernambuco, também ficou com um placar geral de3 a 0 pra equipe paraense, tornando assim o Pará em 1° lugar geral da copa. Ao final da II etapa, o Secretário adjunto de Esporte e Lazer do Estado, Otávio Carepa, entregou a premiação às equipes participantes.

E neste mesmo pique a equipe paraense já se prepara pra mais dois importantes campeonatos, um vai ser em Outubro em Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, que vai acontecer o campeonato da primeira divisão, que para Renato, é umas das mais importantes competições. A outra será no mês de Novembro na capital alagoana, onde acontece a terceira etapa da copa norte-nordeste de voleibol paraolímpico.

Murilo Moura - Ascom SEEL

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pará lidera Copa Norte-Nordeste de Ciclismo

Depois da capital baiana, este ano  foi a vez de Belém do Pará sediar a 33° copa Norte-Nordeste de ciclismo. A competição aconteceu na manhã do último sábado, 14, na Avenida João Paulo II, antiga Primeiro de dezembro. O evento que contou com a participação de centenas de atletas de vários estados da região Norte e Nordeste, teve apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer(SEEL) e contou com a organização da Confederação Brasileira de Ciclismo e a Federação Paraense de ciclismo.
  O dia de sábado começou cedo para os participantes da competição. As 5h foi oferecido um animado café da manha para as delegações que vieram de fora do estado e de outros municípios do Pará. Ao todo cerca de 280 atletas, de 16 estados das regiões norte e nordeste participaram da competição, entre eles: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
A disputa foi dividida em duas baterias, a primeira para jovens de 16 e 17 anos; categoria junior para atletas entre de 17 e 18 anos; master  35 a 39; master para atletas entre 50 a  54 anos, master para 55 a 59 anos  e categoria  veterana, para atletas acima de 60 anos. A segunda bateria de categorias, que deu largada às 10h foi dividida  nas categorias Master para atletas entre 30 e 34 anos, 40 e 44 anos e 45 e 49 anos. Também teve a categoria Elite e feminina.
A copa Norte-Nordeste de ciclismo é um evento itinerante, que a cada ano  acontece em uma capital diferente das duas regiões em questão. O estudante  de Educação Física e comerciante, Bernilio Pereira, 29 anos, veio de Salvador  só para participar da competição “esta é a primeira vez que venho a Belém para participar do campeonato. Eu fui escolhido pela federação baiana de ciclismo, através do campeonato nordeste e hoje estou aqui”, contou.
Giovane Soares de 42 anos, atleta do ciclismo há mais de 25 anos foi campeão paraense em 2005 e no ano de 2009, junto com a delegação paraense foi vencendor da copa norte-nordeste que já participa há nove norte nordeste há nove anos. " Sempre participei dos campeonatos locais,  pois para mim é um hobby. Este evento é como a copa do mundo de futebol para nós ciclistas, pois nos preparamos o ano todo para este momento” declarou.
De acordo com Edilson Kramer, Presidente da FPC, este é o maior evento para os praticantes do ciclismo. A última vez que Belém sediou o campeonato foi em 2001. " As equipes paraenses  se superam sempre e o resultado do ano passado mostrou que este tipo de esporte no Pará vem melhorando a cada ano e ganhando destaque”disse.
Depois da largada ser dada a as equipes das federações dos estados seguirem pelo percurso em uma competição acirrada. O resultado já vinha sendo aguardado pelos técnicos, e realmente não deu outra, a equipe paraense  ficou na frente da Bahia. Com o resultado, o Pará ocupa a primeira colocação do campeonato com 11 medalhas de ouro. O atleta Daelson, comemorou com os colegas o titulo alcançado.



Texto e Fotos: Murilo Moura

Filme “Cabanos” é apresentado aos alunos da escola Temístocles de Araújo

Texto: Murilo Moura
Fotos: Rai Pontes
“A cabanagem foi o único movimento no Brasil onde o povo tomou o poder”. Esta afirmação abre o filme longa metragem “Cabanos”, produzido e dirigido pelo professor e historiador da rede estadual de ensino, Sebastião Pereira. O longa foi apresentado aos alunos da escola Estadual Temístocles de Araújo, nesta quarta-feira, 11,  e contou com a presença de cerca de 80 alunos, que inclusive, tiveram participação direta na produção.

“Cabanos” é considerado um filme inédito no Pará, por ser o primeiro longa metragem de ficção baseado num fato histórico local. A obra que é toda baseada na revolução cabana e mostra o contexto histórico, social e político dos ribeirinhos na época da revolução.
Antes do filme ser apresentado aos estudantes, o professor Darcel Andrade, do projeto Cine Escola, disse orgulhoso que “a sociedade precisa se ver. Eu parabenizo a comunidade escolar por acreditar neste projeto, pois desde pedra tivemos que carregar no set de filmagem e chegar ao final com um trabalho reconhecido, é muito gratificante”.

Mas a grande novidade na tarde “Cinema na Escola” é que o filme vai ser apresentado este ano na Feira Pan-Amazônica do livro, que acontece no Hangar, a partir do dia 31. Outra novidade, é que já existe um projeto sendo articulado para que não só este filme, mas outros filmes educativos, se tornem material didático e façam parte dos acervos das escolas.

O filme que começou a ser gravado no dia 13 de Setembro de 2009, foi orçado em R$ 10 mil,  recurso que foi adquirido por meio de rifas, bingos e coletas, que custearam a locomoção das equipes de gravação e o figurino. Ao todo 7 localidades foram utilizadas para as tomadas: Curuçá, Ilha das Onças, Mosqueiro, Icoaraci, Cidade Velha, área da UFRA e a mata da Marinha.

Tanto entusiasmo e vontade tiveram como objetivo trabalhar o tema histórico regional formador da sociedade paraense. “Eu imaginei que este filme pudesse despertar a atenção e interesse dos alunos sobre o assunto. Além de que este material pode ser usado como material didático para as próximas gerações. Seria um resgate da nossa história através da 7° arte”, disse Sebastião.

Kaleb Teixeira, aluno da escola, que participou do filme como o personagem “Chicão”, um ribeirinho que se torna bastante visado pelas atitudes revolucionárias. Ele lembra, que na rede estadual de ensino é possível destacar muitas coisas boas. “Este filme serve para rebater muitas críticas sobre a escola pública, pois aqui nós usamos a tecnologia para produzir material educativo, para nós mesmos, dentro do âmbito escolar. Estou muito orgulhoso, pois eu não esperava tal repercussão positiva”, disse.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tendas Diwali e Kaballa: "É o Tchan" nas areias da praia do Atalaia

SALINAS (PA) - Para os baladeiros de todo o Brasil. Em Salinas, município situado a 200 quilômetros de Belém, capital do Estado, as tendas Diwali e Kabalah estão dando o que falar. Exatamente à beira da praia do Atalaia, a tenda Diwali recebe neste fim de semana (dias 23 e 24) o "É o Tchan", Nosso Tom, Xexeu e Tropa de Choque.

A proposta das tendas é seguir as tendências dos balneários mais famosos do mundo como Ibiza, Saint Tropez, Floripa e Búzios.

A tenda Diwali contará com os shows do É o Tchan", Nosso Tom, Xexeu e Tropa de Choque, a festa por lá começa às 16h. A tenda contará ainda, com as picapes dos DJs Dan Miller, Culatra e Fábio Amaral.

Kaballa Beach Club

As duas tendas são montadas na mesma praia do Atalaia, a Kaballa começa assim que acaba a Diwali. A proposta da tenda é oferecer as maiores expressões da música eletrônica.

Na sexta-feira (23), a atração é a Ministry of Sound - Oficial Party que promete bombar a pista. No sábado (24), a Kaballa se pinta de Pink e recebe os comandos do DJ Thiago Mansur.

Os ingressos custam durante o dia R$40,00 e podem ser adquiridos na bilheteria das tendas, ao se aproximar do horário que começa a festa, o preço aumenta. O ingresso da Diwali dá direito para a tenda Kaballa. Outras informações pelo telefone 8165-3564.

Serviço:

O que: Tendas Diwali e Kaballa
Onde: Praia do Atalaia, Salinas (Pará)
Quando: 23 e 24 de Julho
Quanto: R$40,00
Horário:16h
Informações: 8165-3564

Fonte: Portal Amazônia com informações de Murilo Moura

sábado, 3 de julho de 2010

Novos convênios garantem qualidade na educação

Por Murilo Moura


Fazer o aluno da escola pública ser vencedor na vida”. Com esta afirmação o Secretário de Estado de Educação, Professor Luís Cavalcante, finalizou seu pronunciamento na tarde desta quinta feira, 01, após a assinatura de vários convênios entre a Seduc, Cipoe, Fundação Carlos Gomes e Secult. A cerimônia aconteceu no auditório da Seduc e contou com a presença de autoridades representantes dos órgãos em questão, além de servidores da secretaria. Os convênios assinados tem o objetivo de garantir a qualidade e o desenvolvimento pedagógicos dos alunos do Ensino Médio da Região Metropolitana de Belém.

SEGURANÇA - Para garantir o policiamento preventivo em 200 escolas da rede estadual da Região Metropolitana de Belém, o convênio entre Seduc e Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe) visa o aprimoramento do projeto Ronda Escolar, para o qual será disponibilizado R$ 910.590,00 a serem investidos na adequação e estruturação das rondas policiais.

De acordo com o Major Barros, o convênio firmado este ano já irá beneficiar o município de Santa Bárbara do Pará. Além de possibilitar melhores condições de trabalho aos policiais. “Vamos ganhar novos componentes para atender a comunidade escolar de uma maneira mais eficaz”.

Barros lembrou, ainda, da expansão do projeto para outros municípios e das dificuldades enfrentadas: “Nos anos anteriores, não tínhamos investimentos como temos agora. Esperamos ainda que o programa se estenda ainda mais, pois além de atender a Região Metropolitana de Belém, já atendemos Santarém e Marabá”, lembrou.


CULTURA - Com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a Seduc firmou convênio que vai beneficiar cerca de 2 mil alunos do Ensino Médio da rede estadual com acesso gratuito a didáticas teatrais e musicais. O convênio destinará R$ 800.000 para o atendimento a 60 escolas da RMB com apresentações culturais nas várias linguagens artísticas, envolvendo música e teatro.

A participação da Fundação Carlos Gomes também terá uma importância significativa no bom desenvolvimento cultural dos alunos. O convênio entre a Secretaria e a Fundação destina R$ 301.760,00 para a realização de 60 oficinas de musicalização em 20 escolas da RMB atendendo 2 mil alunos do Ensino Médio.
O superintendente da Fundação Carlos Gomes, Daniel Araújo, que também representou a Secult durante a cerimônia, destacou a importância do investimento na formação cultural dos alunos. “Já se pensava nisso (convênio) há muito tempo, pois não dá para separar educação de cultura”, disse. Ele acrescentou ainda que a educação no Pará vive um momento de mudança. “Hoje em dia vivemos um momento de mudança na educação, o convênio entre a Fundação Carlos Gomes, que é a terceira escola de música mais antiga do Brasil, só beneficiará os alunos. É de suma importância aproximar a fundação da Seduc”, destacou.

Para finalizar, o professor Luís Cavalcante agradeceu o empenho de todos os servidores da Seduc em fazer a secretaria “andar mais rápido" e destacou a importância dos convênios assinados. "Certamente estes convênios terão uma repercussão positiva, pois já experimentamos algo parecido antes na escola Frei Daniel e foi gratificante poder oportunizar o acesso das crianças com uma música diferenciada”, destacou.

Em relação à questão da segurança, o secretário destacou que só vem a somar na melhoria do desempenho em sala de aula. “Com esta iniciativa, é certo que haverá melhorias na qualidade e no rendimento dos alunos”, disse. O secretário também relacionou as ações realizadas atualmente pela secretaria, no quesito do reconhecimento dos alunos da rede estadual e lembrou das duas alunas do colégio Augusto Meira que venceram o concurso “Tô sabendo”, do Ministério da Educação.

sábado, 19 de junho de 2010

Professores da rede estadual participam de Oficina

Murilo Moura

Professores de educação física da rede estadual de ensino participaram, nesta quinta feira, 17, da abertura da Semana Olímpica. O evento que aconteceu no Núcleo de Esporte e Lazer (NEL), no Umarizal, teve a presença de profissionais de renome no cenário olímpico nacional. A Semana Olímpica é uma promoção da Seduc e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).


Além de Belém, a Semana Olímpica acontece em outras cinco cidades brasileiras: Natal, Palmas, Rio de Janeiro, Aracaju e São José do Rio Preto; e tem como objetivo integrar as comemorações pelo Dia Olímpico, que será realizado no próximo dia 23, quando se comemora o aniversário da fundação do Comitê Olímpico Internacional.

O evento, que vai até esta sexta feira, 18, prevê oficinas de orientação a professores da disciplina de educação física das escolas estaduais, que estão treinando alunos para participarem das olimpíadas escolares, que este ano acontecem no mês de Setembro, em Fortaleza(CE).

No primeiro dia de oficina a modalidade debatida foi o Voleibol e contou com a participação do Técnico da Seleção Brasileira Infanto- Juvenil Feminino, Antônio Rizola. Durante as palestras, o técnico debateu vários pontos da modalidade como falhas na execução do esporte, defesa e até mesmo o biótipo dos atletas.

Antônio, que veio pela primeira vez a Belém como palestrante, revelou pontos fortes a serem trabalhados. “Os técnicos que já trabalham com o vôlei já conhecem como funcionam, já os professores de Educação Física querem e precisam de um acréscimo de como aprimorar o trabalho com o jovem".

O técnico ainda ressaltou a satisfação em mostrar ao público paraense a importância deste trabalho". Fiquei muito satisfeito com a receptividade e interação dos participantes, pois apesar do conteúdo ser grande e o tempo curto consegui adaptar e passar minha visão e minha metodologia com o jovem. Eu não vim citar regras e sim apresentar a metodologia do meu trabalho que uso nos clubes por onde ando" completou.

Para o primeiro dia de oficina, cerca de 50 professores de quatro municípios do interior do Estado (Breves, Castanhal, Igarapé Miri e Moju) estiveram presentes, além da Região Metropolitana de Belém (RMB).

De acordo com a representante do COB, Valesca Araújo, este é o 11° ano que a Semana Olímpica acontece no Pará, objetivando a formação de atletas para competições profissionais. “A semana olímpica vem para divulgar o olimpismo entre os jovens, pois eles serão os atletas de amanhã, hoje falamos sobre Voleibol, mas nossa função é trabalhar todas as modalidades olímpicas possíveis", disse.

Uma das organizadoras do evento, Ângela Amaral, lembrou da importância do trabalho de base que é realizado nas escolas públicas, além das dificuldades de se formar um atleta. “O trabalho de base geralmente acontece na rede estadual. Este trabalho é complexo, mas vale a pena, pois a iniciação do futuro atleta é a partir da disciplina de educação física”, lembrou.

O professor de educação física e árbitro de vôlei, Rui Castro, citou um grande exemplo de reconhecimento dos atletas que saíram da rede estadual, “graças ao nosso trabalho, Renato Araújo, antigo aluno do Colégio Cordeiro de Farias, já recebeu vário prêmios e troféus e no final do ano de 2009, foi contratado por um clube de Minas Gerais”, afirmou.

Rui também lembrou das dificuldades que o Pará tem por causa do difícil acesso e da importância do trabalho de educação física nas escolas públicas e particulares. “Apesar das dificuldades geográficas que enfrentamos, por estarmos longe do sudeste, onde acontecem os grandes eventos esportivos, o Pará tem se destacado neste cenário. O trabalho com o vôlei tem grande importância, pois ele socializa o jovem evitando que ele tome outros caminhos, hoje em dia temos escolas que só querem que o aluno passe no vestibular, deixando completamente de lado a questão esportiva que é fundamental” Lembrou.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lideranças indígenas debatem regularização fundiária

Murilo Moura

Lideranças indígenas de várias etnias como os Tembés, Caxiuanã, Waiwai, Mundurucus, entre outras, participaram, no salão Royal do Gold Mar Hotel, do seminário: “Situação socioambiental das terras indígenas do Pará”, para discutir propostas de programas que estão sendo desenvolvidos pelo governo federal, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), voltados à questão da gestão territorial ambiental e a regularização fundiária em terras indígenas.

Durante o seminário, o Secretário de Educação do Estado, professor Luís Cavalcante, compareceu ao evento para aproveitar a oportunidade de conhecer as principais lideranças indígenas do Estado. Na ocasião, o secretário se colocou à disposição dos indígenas para qualquer tipo de ações voltadas à educação indígena no Pará.

A coordenadora de educação indígena da Seduc, Puyr Tembé, também esteve no local e ressaltou as melhorias na educação indígena que o governo do Estado, por meio da Seduc, está implementando voltado à formação de qualidade para a comunidade indígena. De acordo com Puyr, além das 17 escolas indígenas que o governo do Estado vai construir, vale destacar o investimento que está sendo feito na formação de alunos e professores. “Estamos acompanhando a formação de 38 professores indígenas da tribo Kayapó na região de São Félix do Xingu”, disse.

Esta noticia pode ler lida no site da SEDUC, no link abaixo:


http://www.seduc.pa.gov.br/portal/index.php?action=Destaque.show&iddestaque=794&idareainteresse=1

terça-feira, 8 de junho de 2010

Escola da Rede representa o Pará em conferência nacional

Por Murilo Moura

A partir de um trabalho inédito realizado no Pará, a escola Estadual Dr. Carlos Guimarães coleciona méritos com o projeto que desenvolve. A escola é a única sustentável do Estado e com o feito foi convidada a representar o Pará na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Informação, realizada em Brasília de 26 a 28 de Maio deste ano.


A unidade de ensino fundamental Dr. Carlos Guimarães, que funciona no Bairro da Marambaia, em Belém, é considerada como pioneira ao desenvolver um trabalho de educação sustentável, que ultimamente, com apoio do Governo do Estado e em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), recebeu uma reforma completa para entrar em harmonia com o meio ambiente.

O trabalho sustentável que a escola desenvolve consiste em um sistema de aproveitamento de água da chuva utilizando um reservatório com capacidade para 4 mil litros. Para a diretora da Escola, Luiza Cristina Arruda, é significativa a economia que obtiveram. Além deste projeto de captação também é desenvolvido a coleta seletiva e o cultivo de Horta. Segundo Luiza, quase tudo pode-se aproveitar: “com a coleta seletiva, o único lixo que vai para o aterro sanitário do Aurá é só o lixo orgânico”, disse.

O trabalho da escola foi reconhecido durante o 4° CNCTI em Brasília, que teve como uma de suas atividades centrais a discussão e análise dos programas sustentáveis nas escolas públicas do Brasil. Através da divulgação da SEDUC, a organização do evento se interessou pelo projeto e resolveu mostrar na conferência que reuniu as cinco regiões do Brasil.

A escola Dr. Carlos Guimarães, que entre escolas e universidades do Brasil e do Mundo, representou o tema “Educação em Ciências: Experiências inovadoras”, foi a única escola pública do Pará e a única do Brasil a apresentar um projeto desta dimensão. Luiza Cristina lembra que no Brasil existem outras escolas que praticam este modelo de sustentabilidade, mas com a divulgação promovida pela Seduc foi possível este reconhecimento. “Foi uma honra, foi muito significativa a participação da escola em um evento deste. Com certeza, Brasil a fora deve existir escolas que desenvolvem este tipo de trabalho mas ficam no anonimato, no nosso caso, graças à divulgação da Seduc conseguimos chegar lá”.

Representante do MEC defende construção de mais escolas quilombolas

Por Murilo Moura

“Eu quero poder sair deste encontro com a certeza de que muitas melhorias virão” estas foram as palavras confiantes da professora quilombola Patricia Guimarães, presente no 1º Encontro Estadual de Educação Quilombola, que encerra nesta terça-feira, 08, no Prque dos Igarapés, no Coqueiro.


Durante a tarde desta segunda feira, (07), a plenária discutiu a implantação de novas políticas para as comunidades quilombolas do Pará. O encontro, tem como objetivo promover a integração das comunidades quilombolas do estado do Pará visando o fortalecimento da luta pela educação pública e de qualidade por meio de experiências educacionais que promovam a igualdade racial, com ênfase nas experiências de combate ao racismo e a discriminação no ambiente escolar e extra escolar, além de discutir assuntos como saúde, educação e segurança. Em sua defesa o professor Dr. da Universidade Federal do Pará, Ailton Silva, propôs a criação de uma ferramenta para a divulgação dos trabalhos que estão sendo feitos pelas comunidades. “Seria bom a criação de um site para que os trabalhos fossem apresentados, além de possibilitar o acesso dos quilombolas à ferramenta", disse.

Durante o debate o assessor especial de gabinete da Seduc, Wilson Barroso, defendeu a questão de que o governo está totalmente aberto para receber críticas e ideias referentes à política de educação quilombola. Para ele, “críticas devem ser aceitas, pois o fato de estar no governo não significa ser detentor de toda a verdade. Deve-se ouvir os movimentos sociais”, disse. Ele ainda lembrou que, a Seduc investiu na formação de centenas professores quilombolas ou que trabalham em escolas nos quilombos, nos últimos anos.

Para Amilton Barreto, coordenador da Educação para Igualdade Racial, da Seduc, apesar das várias políticas de implantação de qualidade na educação, "as comunidades quilombolas ainda precisam de uma atenção maior”, observou. Segundo informou a maioria das comunidades funcionam com infraestrutura inadequada, sem prédios e sem material didático adequado e até mesmo com carência de formação específica dos professores não quilombolas. Amilton destaca também que a Seduc “é pioneira na promoção de um evento desta dimensão, pois possibilita a discussão coletiva e a apresentação de resoluções de tais problemas”, disse. Para ele a SEDUC “sai na frente com este encontro pois acaba promovendo o fortalecimento e elevação do nível de qualidade do ensino”, destacou.

A coordenadora geral de Educação para a Diversidade do MEC, Leonor Araújo, debateu dois pontos importantes com a comunidade presente: um com relação à questão da distribuição do material didático, pois ainda existem algumas comunidades que deixam de receber. As pessoas tem que fiscalizar a distribuição deste material, tem que cobrar, pois para o Ministério da Educação é quase impossível checar se todas as comunidades receberam ou não”, constatou.

Outro ponto defendido por Leonor foi referente à construção de novas escolas, para atender todas as comunidades. Ela ressaltou que a carência deste tipo de escola causa um gasto maior para os governos e até mesmo a própria evasão. “Com mais escolas poderíamos evitar gastos com transportes, locomoção e assim, evitaríamos o trabalho desde cedo das crianças e adolescentes, que acabam saindo da escola, por ser longe”, avaliou.

Patrícia Guimarães é professora quilombola da escola São Pedro, no Quilombo Bom Jardim, no município de Santarém, no Baixo Amazonas. Ela conta que veio à capital somente para participar do encontro, pela importância e pelos benefícios que poderá levar à sua comunidade. “Estamos procurando melhorar sempre, mas precisamos de uma atenção maior na área de transporte e formação, pois muitas vezes nós mesmos temos que custear isso.” E completa: “quero sair daqui com a certeza de soluções concretas”.

Professora quilombola Patrícia Guimarães


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Escolas expõem produção em mostra cultural

Murilo Moura

Com o objetivo de divulgar as atividades realizadas nas escolas da sua jurisdição, a 17ª Unidade Seduc na Escola (USE) realiza no próximo dia 08, na praça da Bíblia da Cidade Nova, a primeira Mostra Cultural dos programas educacionais Mais Educação e Escola de Portas Abertas. O evento abrange 15 escolas de Ananindeua correspondente à unidade. Também estarão presentes na abertura do evento o Secretário de Estado de Educação, professor Luís Cavalcante e a diretora de Ensino, Diversidade, Inclusão e Cidadania (Dedic) da Seduc, Conceição Passos.

A mostra terá como tema a Educação Integral: Reconhecendo as múltiplas dimensões do ser humano. Baseado nisso, na ocasião serão apresentadas mais de 15 atividades entre danças, lutas, aeróbica, peças teatrais, entre outras atividades culturais.

As 15 escolas envolvidas no evento fazem parte dos programas Mais Educação e Escola de Portas Abertas. De Acordo com Keyline Helen, técnica pedagógica da USE 17, a organização do evento é uma proposta das escolas, diretores e coordenadores dos programas educacionais, dando oportunidade de mostrar as atividades realizadas na escola. “Os alunos irão se apresentar e colocar um pouco do que desenvolvem na escola. Cerca de 80% dos alunos que participam do programa irão integrar as atividades”, disse.

Ainda de acordo com Keyline, a mostra também é fruto de uma parceria com os monitores. “Por exemplo, na abertura do evento a banda da Guarda Municipal de Belém irá tocar o Hino Nacional, porque um dos monitores do programa faz parte da banda”, explicou.


SERVIÇO: A primeira Mostra Cultural dos Programas Educacionais da USE 17, acontece no dia 08 de Junho, na praça da Bíblia, na Cidade Nova II, a partir das 17h00.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Paralisação aumenta risco de evasão na Rede estadual

Murilo Moura e Mari Chiba

Uma das preocupações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) com relação à paralisação de 40% das escolas da Rede, que completou nesta segunda-feira, (31), 16 dias é com o aumento da evasão que começa a atingir as escolas segundo os números apresentado pelos gestores das Unidades Seduc na Escola e Unidades Regionais de Ensino. Em reunião hoje, pela manhã, a gestora da 14ª USE, Maria de Belém falou que já recebeu mais de 20 pedidos de transferências nos últimos dias. Já o gestor da 8ª USE, Sérgio Monteiro informou que na escola estadual Hilda Vieira, "possivelmente cerca de 12 turmas terão que ser encerradas".

Um outra preocupação do secretário, professor Luis Cavalcante é com a reposição integral dos dias parados. Essa também tem sido a maior preocupação por parte dos alunos. Mesmo com 60% das escolas funcionando normalmente em todo o Estado, o atraso no calendário letivo deixou muitos estudantes com as atividades escolares interrompidas.

A proposta de reposição das aulas defendida pelo Sindicato- estendendo o horário em cada turno- não agrada nem aos profissionais de educação e nem aos alunos, pois segundo eles “este horário a mais na rotina diária, prejudicaria outras atividades”.

Na primeira greve que enfrentou a escola estadual Carlos Guimarães ficou apenas uma semana parada. De acordo com a diretora , Luiza Cristina, a reposição de aulas jamais deve se estender nos turnos, devido a realização de outras atividades. “Não dá pra aumentar o horário, pois o aluno da tarde que sai as 18h teria que sair no mínimo as 19h e pra muita gente isso fica inviável, pois tem gente que trabalha”, ponderou.

A escola teve suas atividades retomadas nesta segunda -feira, 31.Ainda de acordo com a diretora a questão da paralisação foi apresentada aos pais dos alunos, mas mesmo assim houve uma preocupação em relação a eles. “Aqui na Carlos Guimarães pensamos principalmente nos alunos; já o movimento não está pensando como vai ficar o ano letivo dos estudantes” explicou a diretora. Para ela, a melhor forma de repor as aulas seria “esticar” o calendário letivo em mais dez dias, pegando a primeira semana de julho”, defendeu.

Cristiano Alves, 17, estudante da quarta etapa do Projeto EJA (Educação de Jovens a adultos), participa de atividades esportivas durante a manhã, freqüenta a escola no turno na tarde e à noite trabalha como chapista. Ele também não concorda com a proposta de turno estendido, pois como trabalha de noite, não conseguiria chegar a tempo no local de trabalho. “ Eu saio da escola às 18h, tenho que ir em casa e depois estar às 19h no carro de lanche; se eu sair as 19h, não daria para conciliar e eu preciso trabalhar”, disse.

Já Vitor Luan, 17, também aluno da quarta etapa do EJA, sugere que as aulas sejam repostas aos sábados, pois como ele trabalha à noite como entregador de água e gás não conseguiria chegar a tempo no serviço.

Na escola Lauro Sodré a aluna Ingrid Oliveira, 15 anos, do 2º ano também é contra se estender os turnos de aula. “Acho que o pessoal da tarde não poderia ficar até mais tarde. Eu queria que voltassem logo as aulas porque a gente se atrapalha muito. No ano passado foi a mesma coisa”, reclama a aluna. Opinião compartilhada pela colega Beatriz Oliveira, 16 anos, 2º ano do Ensino Médio. “Eles fizeram greve no ano passado. Na reposição, as últimas matérias foram muito rápidas. Seria até bom se as aulas fossem repostas logo, mas a gente faz cursinho à tarde. Quando tiver a reposição, eu vou querer o conteúdo todo dessas disciplinas”, exigiu.

Na escola estadual Maroja Neto, no bairro da Pedreira, as aulas estão ocorrendo parcialmente, mas segundo o diretor, Adilson Cordeiro, a melhor solução para a reposição das aulas também seria estender o calendário letivo. “ Ano passado já tentamos fazer isso aos sábados, mas os alunos não vinham, então os professores sugeriram que virão trabalhar 10 dias de julho”, informou.

Para a professora Maria do Carmo Tocantins, que leciona na Escola Maroja Neto, a reposição é de extrema importância, pois a paralisação mexeu com o conteúdo dos alunos. “Acho extremamente necessário a reposição, pois a partir do momento em que há greve tem que se repor, pois o ensino fica defasado e os alunos não têm culpa de nada”, ressaltou. Maria lembra ainda que, com a extensão dos turno os maiores prejudicados serão os alunos do turno da noite. “Uma turma que sai as 22h30, teria que sair depois das 23h30 e não seria positivo pra eles, pois este horário já é perigoso estar nas ruas”.

A professora defende que os critérios para a reposição das aulas devem ser usados para todos os turnos. Ela garante que continua indo a escola não por ser contra as reivindicações, mas por uma questão de compromisso com os alunos. “ Eu estou vindo por uma questão de consciência, pois sabemos que com esta greve a evasão escolar aumenta; é impressionante a quantidade de alunos que abandonam a escola e não queremos isso, por este motivo estou vindo trabalhar normalmente” explicou.

domingo, 30 de maio de 2010

Funarte doa equipamentos musicais para escolas do Pará

Por Murilo Moura

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) recebeu nesta sexta- feira, 28, equipamentos doados para serem distribuídos às escolas que integram os projetos Escola de Portas Abertas e Mais Educação. Participaram da entrega o secretário de Educação, professor Luís Cavalcante; o secretário adjunto de Gestão, Alberto Leão; e a diretora de Educação, Diversidade, Inclusão e Cidadania da Seduc, Conceição Passos.


A iniciativa faz parte de um projeto elaborado pela Seduc, por meio da Coordenação de Ações Educacionais e Complementares (Caec), que firmou uma parceria com a Fundação Nacional das Artes (Funarte), do Rio de Janeiro. De acordo com Conceição Passos, foram recebidos na sede da Seduc, 560 violões, 200 DVD´S, e 180 jogos de cordas de violão para serem distribuídos às escolas.

A entrega dos materiais pedagógicos está prevista para acontecer em um prazo de 30 dias. A ação tem como objetivo garantir a qualidade na educação e formação de alunos de 690 escolas do Estado, entre elas, 320 que fazem parte do projeto Escola de Portas Abertas e 370 do projeto Mais Educação.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

1° FESTIVAL DE MÚSICA E POESIA

Murilo Moura

A escola Dona Helena Guilhon, localizada no conjunto Satélite, lança neste sábado, 29, o 1º Festival de Música e Poesia, um antigo sonho da comunidade estudantil que se tornou realidade, com a parceria de ex-alunos da escola. O objetivo é incentivar os novos alunos e a própria comunidade a desenvolver os seus talentos musicais. O Instituto de Ensino Superior do Pará (Iesp) é um dos parceiros da escola D. Helena Guilhon na realização do evento, pois os antigos alunos, hoje acadêmicos do Instituto, resolveram criar uma forma de levar cultura para os alunos que hoje lá estudam através deste festival. Durante a programação também haverá a apresentação de danças folclóricas organizadas pelos alunos da escola. Toda a comunidade está convidada a prestigiar, inclusive a escola esta contando com o apoio de um carro som para fazer a divulgação.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Abertura do Projeto Mais Educação

Por Murilo Moura

Pensando no desenvolvimento educacional dos alunos, a Escola em Regime de Convênio Lar de Maria lança o projeto Mais Educação, do governo Federal, que visa a melhoria de aprendizado de alunos com dificuldades. O evento de abertura acontecerá nesta Quinta feira, 27, a partir das 9h na própria escola.

O projeto tem o objetivo de somar e contribuir para a formação integral das crianças, somando as atividades escolares com aulas de reforço, entre outras atividades. De acordo com a direção, os alunos envolvidos participarão no contraturno, ou seja, as crianças que estudam de manhã deverão retornar à tarde e vice-versa.

Cerca de 160 crianças da escola estão sendo esperadas para participarem do programa. Os critérios utilizados para a seleção foram que, por algum motivo, os alunos tiveram alguma dificuldade de aprendizado e necessitam de algum tipo de reforço para garantir o aprendizado. Os principais problemas apresentados são os de Indisciplina, dificuldade de leitura e escrita.

A programação do evento contará com nove atividades, entre estas, envolvendo dança, letramento, matemática, capoeira, vôlei, futebol, tênis de mesa, educação, empreendedorismo e direitos humanos e ambiente escolar. Para estas disciplinas a escola contará com monitores voluntários dos cursos de Pedagogia, Letras e Educação Física.

Seduc repassa recursos para transporte escolar

O prefeito do município de Parauapebas, sudeste do Estado, Darci José Lermen, assinou nesta quinta-feira, 20, na sede da Secretaria de Estado de Educação, juntamente com o secretário de Estado de Educação, Luís Cavalcante, um convênio de repasse de verbas para o transporte escolar no município.

O convênio prevê o repasse de R$ 201.143.72 para o exercício de 2010, para as melhorias do transporte escolar do município de Parauapebas. O acordo garante a aquisição de novos ônibus que irão facilitar a locomoção de milhares de estudantes das comunidades do local.

O repasse das verbas será feito em quatro parcelas, com a primeira parcela já tendo sido liberada em maio e a última, no mês de novembro de 2010.

Murilo Moura

quinta-feira, 1 de abril de 2010

MARÉ ALTA EM BELÉM

Imagens da maré alta em Belém
Segunda maior maré do ano invade novamente as ruas

Enquanto os veículos mais pareciam “surfar” no asfalto, ontem, em Belém, o morador de rua Isauro dos Santos, 28 anos, aproveitou para nadar e “tirar onda” com os motoristas. Desta vez a maré alta atingiu 3,8 metros, a segunda maior marca deste ano, transbordando a pedra do peixe, na feira do Ver-o-Peso, e invadindo o centro comercial pelos bueiros.

Fotos Agenor Sarraf